Olá a todos! Depois de tanto tempo, é óptimo poder estar de regresso, no que diz respeito às participações no Twotep! :) Aproveito também para fazer uma pergunta e um pedido ao moderadores do blogue, mais propriamente se poderei colocar posteriormente as ilustrações sobre os temas em que não tive a possibilidade de participar, pois acabei por passar ao lado de temas deveras estimulantes e gostaria de poder lhes dedicar as devidas ilustrações.
Bem, abordando agora a ilustração com que colaboro no tema desta semana, nada melhor do que contar a sua origem, em formato de história, assim sendo:
Medo na Sobras
"Era uma vez, há muitos anos atrás, uma criança chamada Paulo, que morava a dois quilómetros da sua Escola Primária. Ora isso foi no tempo em que as crianças ainda iam e voltavam da escola, sozinhas, pelo o seu próprio pé, sendo que no Inverno, esse caminho que passava por um pequeno bosque, era já percorrido durante a chegada da escuridão da noite.Foi num desses regressos a casa, que o pequeno Paulo reparou pela primeira vez nelas...figuras sombrias e ameaçadoras que se moviam no escuro e que em surdina o acompanhavam a cerca de 20 metros de distância, percorrendo o mesmo caminho, sempre em silêncio, como se esperassem uma oportunidade para o atacarem. Claro está que sendo esta visão nada agradável, nem para um adulto, na mente de uma criança assumiu proporções ainda maiores, se convencendo de que essas criaturas silenciosas não eram nada mais, nada menos, do que terríveis demónios, se criado espontaneamente um pacto silencioso entre a criança e os sombrios seres, em que a criança sabia que se não os incomodasse e não contasse a ninguém sobre eles, nada de mal lhe seria feito...mas bastaria que esse acordo fosse quebrado, para que viessem a acontecer com toda a certeza coisas horríveis à criança.
Isso ainda durou uns meses, até que num belo dia, ia o Paulinho com a sua irmã Cristina, pelo mesmo caminho e reparando pelo canto do olho que os demónios como sempre, ali estavam, os seguindo à distância, se encheu de coragem e contou tudo o que se passava à irmã (bem baixinho, não fossem os demónios o ouvirem). Ora Cristina, alguns anos mais velha do que Paulo, depressa resolveu o mistério dos demónios, explicando ao mano de que os supostos demónios não eram mais do que as próprias sombras dos dois, projectadas à distância pela luz dos candeeiros, que iluminavam o caminho.
Foi nesse dia que o Paulo aprendeu uma importante lição: Temos de viver a vida sem medos, pois senão arriscamos a ficar paralisado até pelo medo da nossa própria sombra
...e claro está, foi feliz para sempre!
FIM"
Eh,eh, boa Paulo! As tuas histórias são incriveis, um dia terás de as compilar. :)
ResponderEliminarbem, és mesmo sem palavras,
ResponderEliminaro Oscar vai pa ti meu amigo, excelente
a tua história e a do João Amaral davam sequenciais arrepiantes mesmo
Execelente
João
Não há dúvidas de que tu és um contador de histórias por excelência e, confesso, que já tinha saudades, não só dos teus desenhos, como dos teus textos. Considero só que talvez devesses ter feito o ser monstyruoso no alinhamento da sombra do pequeno Paulo. Mas, claro está que isso é só uma sugestão que, nada retira em termos de qualidade à ilustração que fizeste. E tenho-te a dizer que és corajoso. Sim, porque se eu visse uma coisa daquelas, eu só representava a coisa, porque o pequeno João, já se tinha evaporado da vinheta, eh! eh! eh! Um abraço.
ResponderEliminarBoas palavras são sem dúvida o melhor bálsamo para nos sentirmos com uma energia cada vez mais renovada para nos procuramos aperfeiçoar cada vez mais! :)
ResponderEliminarGrato pelas boas palavras e respondendo de um modo mais individual,
Patrícia, muito obrigado por essa boa sugestão e penso que ela também poderia ser válida para todos nós, pois as nossas vidas são sempre um conjunto de situações, algumas mais banais, outras mais marcantes, mas de um modo geral, muitas das vezes o real ultrapassa em larga escala a ficção, criando situações únicas, das quais nos lembramos ainda passados anos, com um sorriso, às vezes embaraçoso, de como éramos inocentes e ingénuos! ;)
João Raz, és sempre um bom amigo e um grande incentivador, o que é fantástico, pois todo o artista precisa desse estímulo, que tu ofereces com uma generosidade incrível! Muito obrigado uma vez mais e bem hajas tu! :)
João Amaral, confesso que as saudades de participar aqui no blogue já eram mais do que muitas e mais do que a saudades, era a aflição de estar a ver as semanas a passarem e temas excelentes a serem propostos e não poder dar o meu contributo, mas pronto, agora penso que já passei a fase de maior trabalho e já irei tendo mais tempo livre para essas coisas boas da vida!
Olha, que está bem observado o que escreveste sobre o Paulinho poder ter ficado no alinhamento da sombra, o que teria toda a coerência, mas para falar a verdade esta ilustração é uma representação da imaginação fértil de uma criança e de como ela visualizava aquilo que via e não compreendia, pois recordo-me de que apesar de apenas ser a minha sombra a projectada, eu acabava por ver até cerca de três vultos de uma só vez, o que não era nada agradável, mas o facto de eu não me ter evaporado da vinheta, não foi relacionado com qualquer coragem, mas sim com a inevitabilidade de percorrer sempre aquele caminho, que era o único que havia entre a minha casa e a escola e apesar de um vivo receio, eu sempre sentia de que se eu não os incomodasse, eles não me incomodariam a mim, seguindo a velha máxima, "vive e deixa viver"!
Um Grande Abraço e um também Grande Obrigado pelas as tuas palavras! ;)