TODOS PARA A RUA, QUE O TEMPO É DE MUDANÇA!

Duas vinhetas que efectuei para o álbum Bernardo Santareno - Fragmentos de uma Vida Breve, que penso adequarem-se amplamente ao tema.

A PRIMA VERA

Este foi um desenho que efectuei num estilo algo diferente daquilo que faço habitualmente. Pode-se dizer que é uma espécie de experimentação, quer a nível de desenho, quer a nível de cor. Nesse domínio, apesar de jogar com cores suaves, pretendi que ele fosse uma espécie cde explosão de cor. Pelo menos é assim que eu vejo a Primavera que aqui surge unicamente representada pela prima Vera...

PRIMEIRA PÁGINA!

Considero que, este postal que efectuei há algum tempo, integrado numa série chamada OS ESQUILITOS, se adequa perfeitamente ao tema aniversário. Aproveito também para deixar aqui os meus parabéns a este blogue e desejar-lhe unicamente que tenha uma longa e criativa vida... Pela minha parte, figura na primeira página deste invulgar diário...

Tema da semana

Olá a todos.

Agora é que vi que me cabia a mim escolher o próximo tema. Infelizmente eu não vou poder participar, porque durante esta semana estou fora. Ainda assim, cá fica então o meu desafio. Todos nós temos referências que, de uma forma ou de outra, marcam a nossa vida. Esses são muitas vezes um dos nossos modelos, que tomamos como certo, quando agimos. Por isso, deixo à vossa consideração, ilustrar essas personagens ou pessoas que marcaram cada um de vocês e que, tanto podem vir de um filme, de um livro, de uma notícia que leram ou da vida real, daqueles que vêem todos os dias... ou nem tanto.  Bom, penso que está claro que o tema desta semana é: HERÓIS. Um abraço a todos e bom trabalho.

CONTRAPONTOS

NOUTRO TEMPO... NOUTRO LUGAR...

O PESADELO VERDE

Por incrível que pareça, um dos meus pesadelos da infância tem a ver com árvores. Tudo começou, devia eu ter uns quatro ou cinco anos, quando um grupo de lenhadores cortou a estrada, para deitar abaixo um enorme castanheiro. Aguardámos então pacientemente, dentro do carro, que a operação se concretizasse. No entanto eu, já em criança, devia vagar já num qualquer universo paralelo e não me apercebi do que é que se passava. Só me dei conta, quando a enorme árvore caiu quase à frente do carro com um enorme estrondo. O susto deu para um valente choro. E, acreditem ou não, a verdade é que este foi um trauma que me acompanhou vários anos. De tal modo, assim foi, que ao ver, pela janela, a folhagem das árvores (que estavam bem longe) abanar mais fortemente, em dias de vento, corrria logo para o outro extremo da casa. É que não fosse o diabo tecê-las e eu queria estar o mais longe possível daqueles monstros verdes que passavam a vida a importunar-me...

O DECLÍNIO DE VÉNUS

Uma vez que o tema é Afrodite, resolvi inserir mais um quadro integrado no declínio dos deuses romanos. A eleita, é então Vénus, outrora conhecida, precisamente, como Afrodite.

Diziam que, era nesses dias, uma mulher que irradiava uma beleza única, como a do oceano que a tinha gerado. Daí que não fosse difícil associá-la aos amantes e à fertilidade. Porém, se conseguiu sobreviver a um mundo em plena mutação, quando os gregos foram substituidos no exercício do poder pelos romanos, agora o caso é outro. Enquanto contempla o horizonte, vê o império romano que a acolheu, desvanecer-se lá longe no horizonte. E, subitamente, sente-se envelhecer... envelhecer. É verdade que a idade tinha-lhe conferido outro tipo de beleza. Mas, naquele império consagrado unicamente ao exterior, a sua maturidade deixava de ter sentido. Para além disso, agora o tempo já não é de amor, mas sim de guerra. Por isso, Vénus, também ela, vê os seus dias a chegar ao fim. Contudo, antes que isso aconteça, resolve, então, pedir um último desejo a Júpiter: ter a oportunidade de ver, antes do ocaso, a sua própria imagem para a poder contemplar e sentir alguma inveja da mulher que foi em tempos...

NATUREZA MÃE

Sendo eu um desenhador que gosta dos grandes espaços por excelência (essa é aliás, desde sempre a área em que me sinto mais à vontade), considerei que esta temática um achado. É que a Natureza, deve ser quanto a mim a obra prima do universo, pelo menos deste que conhecemos. É ela que, como uma mãe, nos dá tudo, até o regalo de um simples olhar. Que melhor espectáculo do que sentir a calma de uma floresta ou daquele profundo azul que se chama oceano?

Bem, é melhor não divagar, para não me alongar muito. Dos muitos desenhos que já fiz, tendo por base a Natureza, escolhi um que utilizei para ilustrar um postal dedicado ao dia da mãe, inserindo-lhe depois um outro com uma figura feminina. Depois foi fazer um trabalho de montagem que ainda me levou quase três horas, que considerei bem empregues, porque o tema merecia.

Mas por muito que tentemos representar a beleza do que é natural, ficamos sempre áquem do espectáculo que ela própria constrói todos os dias diante dos nossos olhos. Só é lamentável que esse amor muitas vezes não seja recíproco e que nós, também nós, filhos da Natureza, a continuemos a destruir vezes sem conta...

CARTAZ PROMOCIONAL

"Eu sei que quando se fala em robots, todos pensam ainda naquelas latas que se distinguem claramente de todos os outros seres que habitam o planeta. Mas, a partir de agora desenganem-se. Isso faz parte do passado. Os robots evoluiram. Dotados de uma inteligência artificial, em nada se distinguem dos seus criadores, excepto num pormenor: ainda não podem procriar... por enquanto. Mas estamos a trabalhar nisso.

Por exemplo, hoje apresentamos-lhe o S 33, que como o nome indica, é uma obra prima na arte da sedução, aconselhável a todos os solitários. Claro que custa uma pequena fortuna, mas imagine os novos mundos que esta máquina lhe abrirá... Sim, aqueles mundos para onde sempre quis entrar, mas nunca teve coragem de o fazer... com um ser humano. Isso agora acabou. Não serão precisos muitos dias para ver as vantagens que o S 33 lhe proporciona. Hoje, a Megatron Inc. apresenta-lhe a versão feminina, mas, a partir de amanhã, poderão consultar igualmente a masculina. Ah... e desenganem-se os que pensam que basta ver os olhos para se ver que é uma máquina. Apenas deixámos os olhos assim na imagem, para efeitos promocionais. A cor dos olhos e dos cabelos, como muitas outras variantes, ficará ao critério do cliente, depois deste preencher um pequeno formulário, facultado pela empresa. O único efeito secundário que esta geração de robots tem é o de não saber lidar com a mentira. Por isso, cuidado, não lhe inventem histórias ou, caso contrário, as consequências serão imprevisíveis, não se responsabilizando a Megatron Inc. pelas anomalias disfuncionais que possam declarar-se. Por isso, o cliente terá que preencher um termo de responsabilidade que lhe será entregue, juntamente com o questionário."

Pequeno texto promocional do S 33

Wasteland

deserto....

Ruinas...

Fumo........

Desenho JRaz

Cor JAmaral

Semana 19 1/2 ( 1º Jantar TWotEP) - Sexta-feira 13

Olá a todos!

Antes de mais gostava de agradecer a todos que puderam ir ao jantar, e que o tornaram tão agradável quanto ele foi!

Venham mais jantares do TWotEP!

E aproveito para postar os desenhos que o pessoal fez após o jantar, subordinado ao tema: Sexta-Feira 13!



Ana Baptista





André Oliveira




João Amaral






João Raz





Mima






Ricardo Correia





HADOUKEN!

NO MEIO DA MULTIDÃO

Sendo o tema desta semana auto-retrato, pensei primeiramente em colocar aqui o auto-retrato que fiz quando abri a página do Facebook. Porém, considerei que esse era demadiado óbvio. Decidi então mostrar um outro que consta no meu álbum de banda desenhada Bernardo Santareno - Fragmentos de uma Vida Breve, onde efectuo uma aparição hitchcockiana no meio da multidão que assiste, incrédula, ao ajuntamento dos republicanos em Santarém, que acabaram de cortar a azinheira onde as aparições de Fátima se deram. Decididos a provar que o milagre não passava de um embuste, exibiam vitoriosos na sua cidade, a dita azinheira. Afirmavam então que, se foi junto àquela árvore que se deram as aparições, então, de alguma forma, eles seriam impedidos de a cortar, o que não aconteceu. O povo, estupefacto, assistia ao reboliço que estes homens, nos quais se incluia o pai de Bernardo Santareno, causavam. E, no meio da multidão lá estou eu, trajado à época... É o que a banda desenhada e o cinema têm de engraçado: mesmo não tendo vivido na altura, podemos assim viajar virtualmente até às cenas conforme as imaginamos.

AFONSO, O PENSADOR

A história de Afonso, o conquistador é do domínio público. Por isso, optei antes por dar uma imagem do homem nos raros momentos em que, no seu trono, se confrontava com a solidão... aquela solidão característica de quem está no poder e tem que tomar decisões difíceis. E, não falo apenas a nível de arquitectar estratégias, para vencer batalhas. Falo de opções muitas vezes duras, como a de ter que enfrentar a sua própria mãe. É nesses momentos que ele pensa nos sacrifícios que será obrigado a fazer, para lutar pelos seus ideais... que possivelmente passavam pela conquista de um espaço, de um reino. É verdade que D. Afonso deve ter passado mais tempo na garupa de um cavalo, do que propriamente num trono. Mas, que também ele deve ter tido os seus momentos de introspecção, reflexão e solidão, deve... Ou então, não liguem, sou só eu que estou a inventar um texto para complementar a forma como eu quis ver o tema.

VISÕES IMPOSSÍVEIS

Deixo hoje um universo só possível em termos de ilustração. Aparentemente aqui tudo se passa num mundo de água, onde as cascatas correm ao contrário, revelando na sua suspensão aparente, uma miríade de luas. Mas será este universo mesmo líquido? Aparentemente sim, aparentemente não... Pelo menos, aqui a natureza parece funcionar, num equilíbrio único, apenas vislumbrado... na minha mente.

TEMA DA SEMANA 16- DE 19 A 25 DE JULHO

Decidi apelar à imaginação de cada um dos artistas presentes com o tema: MUNDOS IMAGINÁRIOS. É quase um tema livre, em que cada um pode imaginar o que quiser. Mundos de florestas luxuriantes ou com desertos áridos, mundos próximos da nossa realidade ou outros que só fazem sentido na nossa mente. Fica ao critério de cada um... Votos de uma boa semana, plena de criatividade!

WOLFGANG

Antes de mais, perdoem-me porque Mozart não é de facto a minha praia. Eu, é mais Wagner. Todavia, não é por isso que deixo de considerar que estamos a falar de um dos grandes génios de sempre, por vários motivos. Assim sendo, não quis deixar de prestar a minha pequena homenagem a este compositor que conseguiu ultrapassar as barreiras do seu tempo, para se tornar intemporal e eterno. Presto também um pequeno tributo a outro homem que considero um mestre e uma referência: Salvador Dali, numa imagem, onde pretendi, não retratar o artista enquanto homem, mas sim como alguém que vivia e respirava música por todos os poros. Isso é inegável...

...E O CÉU COMO HORIZONTE!

Pensei deixar passar esta semana em branco, não pelo tema em si (que é aliás muito rico e amplo no campo das interpretações), mas porque estou cheio de trabalho. Mas, ao procurar coisas nos arquivos, deparei-me com esta ilustração feita para um postal, que, penso, tem tudo a ver com o tema. Aqui, estes amigos estão literalmente com a cabeça nas nuvens. Mas estão-no, sobretudo, porque o céu é o limite último de todos os sonhos. E todos os sonhos são válidos, independentemente do tamanho ou da forma. Quanto ao que cada um deles imagina ao olhar para o horizonte, deixo à consideração de cada um. Experimentem meter a cabeça nas nuvens e, por certo, verão alguma coisa...

OS CARRINHOS DE ROLAMENTOS

Nestes jogos de crianças, vieram-me várias coisas à memória. Uma delas, tem a ver com as célebre corridas de carrinhos de rolamentos. Era um jogo simples em que com uns pedacinhos de madeira, uns rolamentos e umas guitas se fazia um carrinho pronto a competir. Depois, era ir para as descidas e o sonho começava. Era vê-los a descer, quais pilotos de Fórmula 1, com uma vantagem sobre estes: os veículos não eram poluentes. Claro está que, depois, tudo dependia da imaginação de cada um e havia carrinhos, cujo design, fazia inveja a muitos automóveis que por aí andam. Todavia, aqui decidi mostrar o modelo básico, que juntamente com os materiais que referi, andava unicamente ao sabor da imaginação de cada um...

OS NOVOS PIRATAS!

A pirataria sempre foi bárbara e selvagem. Todavia, para nós, parecia uma coisa longínqua, romantizada por romances, filmes de aventuras e bandas desenhadas. Eis que, de súbito, em pleno século XXI, somos de novo acordados para esta realidade. Lá longe, nos mares da Somália, a pirataria, que se julgava extinta e confinada à História, volta outra vez à ordem do dia, quando ouvimos as notícias de cargueiros e petroleiros que são assaltados... E aqui, não se fala de homens de pernas de pau, com papagaios ao ombro, nem de figuras icónicas de lenço na cabeça, normalmente com um olho vazado, mas sim de mercenários oriundos de países pobres que vêem na pirataria uma forma de angariar dinheiro. E isso, faz-nos reflectir muito seriamente nas desigualdades cada vez mais acentuadas do mundo em que vivemos. Sim, porque os piratas de hoje já não estão armados com sabres e espadas, mas sim com metralhadoras. Contudo, os seus actos são tão sanguinários como os dos piratas de outrora. No entanto, ao desenhar um destes homens anónimos, admito que também eu, tenha feito uma representação muito romantizada destes piratas de hoje, pois a realidade é sempre muito pior...