segunda-feira, 20 de setembro de 2010

O DECLÍNIO DE VÉNUS

Uma vez que o tema é Afrodite, resolvi inserir mais um quadro integrado no declínio dos deuses romanos. A eleita, é então Vénus, outrora conhecida, precisamente, como Afrodite.
Diziam que, era nesses dias, uma mulher que irradiava uma beleza única, como a do oceano que a tinha gerado. Daí que não fosse difícil associá-la aos amantes e à fertilidade. Porém, se conseguiu sobreviver a um mundo em plena mutação, quando os gregos foram substituidos no exercício do poder pelos romanos, agora o caso é outro. Enquanto contempla o horizonte, vê o império romano que a acolheu, desvanecer-se lá longe no horizonte. E, subitamente, sente-se envelhecer... envelhecer. É verdade que a idade tinha-lhe conferido outro tipo de beleza. Mas, naquele império consagrado unicamente ao exterior, a sua maturidade deixava de ter sentido. Para além disso, agora o tempo já não é de amor, mas sim de guerra. Por isso, Vénus, também ela, vê os seus dias a chegar ao fim. Contudo, antes que isso aconteça, resolve, então, pedir um último desejo a Júpiter: ter a oportunidade de ver, antes do ocaso, a sua própria imagem para a poder contemplar e sentir alguma inveja da mulher que foi em tempos...

6 comentários:

  1. é sempre fixe ver os teus desenhos em outros angulos e formas,

    Uma referencia incontornável ao mundo antigo, já reparei que é um tema que te atrai :D

    Bem hajas
    João

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  2. Pois, neste apeteceu-me voltar à tradição e, vai daí, fiz um trabalho só a lápis, dando depois apenas alguns efeitos (poucos) no computador. Pois, como deves calcular, o mundo antigo é de facto uma das minhas praias. Um abraço.

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  3. Gosto bastante quando apresentas trabalhos apenas a lápis, porque o teu trabalho nesse registo tem tanta qualidade como o teu trabalho em pintura: ou seja, imensa!

    Muitos parabéns pela tua representação da Afordite!

    Abraço!

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  4. Obrigado, pelas tuas palavras. Confesso, que em relação aos trabalhos a lápis, eu tenho algumas resistências, pois a mim, como autor, os meus esboços a lápis, parecem-me sempre algo inacabados. Mas isso, claro está, é a minha impressão. Um abraço.

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