sábado, 10 de julho de 2010

JÚPITER, O ROSTO DA DECADÊNCIA

Considerando que o tema da semana, Criaturas da Mitologia, também considera os deuses, decidi representar hoje algo que não me é completamente inédito (embora a ilustração tenha sido feita propositadamente para aqui). Trata-se de Júpiter, que já representei num dos episódios de O Que Há de Novo No Império?, uma banda desenhada da qual já fiz vários episódios. Mas a criatura que represento aqui está longe da sua época áurea, em que foi o deus dos deuses. Até os raios que emite, outrora poderosos e temidos, não passam agora de reflexos tímidos de um homem velho e cansado, a ver o seu poder de séculos, perder-se perante as novas religiões nascentes. Ele é, no fundo, um reflexo de um império (o romano), também ele, em declínio. Por isso, observa os dias que virão com medo. Afinal, depois de ter reinado séculos sem fim, como guardião das leis e da justiça, vê agora, aterrado, que os seus dias estão a chegar ao fim... 

7 comentários:

  1. bem...

    bem quando queres ....adorei a expressão as cores...bem nem sei como comentar

    o teu trabalho é de altissimo nível mesmo

    super abraço
    raz

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  2. Bem, bem! Depois de ler o teu bom comentário sobre a minha forma de escrever, tenho mesmo de começar a minha apreciação te retribuindo esse mesmo comentário, pois escreveste um texto com grande mestria, que nos transportou num relato baseado numa premissa muito inteligente da relação declínio do Império Romano/declínio dos deuses romanos!

    Em relação à ilustração em si, ela é daquelas que quando acedemos aqui ao blogue, é impossível não sentirmos um "choque eléctrico" pelo impacto que ela nos provoca, sendo que começa a ser um "grave" problema no que diz respeito aos teus trabalhos, conseguirmos arranjar adjectivos novos, pois eles primam todos eles por uma qualidade tão alta e tão linear, que todos eles merecem a nota máxima, tanto em termos de desenho, conceito e pintura!

    Os meus merecidíssimos parabéns e um grande Abraço!

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  3. Amaral mais uma vez magnífico no teu trabalho, talvez um dos meus favoritos até agora entre os que postaste aqui no blog. O realismo do desenho e a expressão dele estão mesmo excelentes e as cores não ficam nada atrás como já é hábito.

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  4. João, muitos parabéns por conseguires transmitir um desespero tão vincado na face dele. A composição é óptimo e o tratamento cromático idem!

    Muitos parabéns!

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  5. A expressão está fantástica!! E adorei os tons sépia: dão um ar mais épico a este deus. Muito bom! :)

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  6. João Raz,
    Quando quero, o quê?! Eh! eh! eh! Olha, nem sei o que te diga... Vou tomar isso como um elogio. Um abraço.

    Paulo Marques,
    Bem, lá andamos nós a trocar galhardetes, eh! eh! eh! No resto, mais uma vez agradeço as tuas palavras que têm o condão de me colocar o ego inchado. No mais, fico obviamente satisfeito, por ver que as pessoas gostam daquilo que faço. Mas não ficas sem resposta, pois também tu tens publicado trabalhos de altíssimo nível e vai-se começando a perceber uma clara evolução na tua obra. Por isso, espero daqui a algum tempo, ficar ainda mais agradavelmente surpreendido com o que apresentas.

    Ana,
    Obrigado pelas tuas palavras. E posso-te dizer que a expressão não foi fácil. Foi só depois do terceiro esboço é que cheguei a ela. Os primeiros não me convenceram. Por isso, fico satisfeito por ver que as pessoas estão a gostar.

    Asphodel,
    Pois, como disse à Ana, não foi fácil e só depois do terceiro esboço é que a expressão me satisfez minimamente. E também a ti agradeço as palavras de incentivo.

    Ana Maria Baptista,
    Em relação à expressão, como disse nos comentários anteriores, não foi fácil. Em relação aos tons sépia, tem a ver com o facto da banda desenhada onde figura esta personagem ser maioritariamente a preto e branco. Por isso, ainda hesitei, mas depois de revestir o trabalho a sépia, achei que não ficava mal, conferindo-lhe até um ar antigo. E acabei por optar por essa tonalidade. E, mais uma vez, o meu agradecimento pelas tuas palavras.

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  7. Claro que é um elogio heheheh

    Teu trabalho tem uma narrativa grafica singular amigo :D

    Super abraço

    Raz

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