sexta-feira, 30 de julho de 2010

AFONSO, O PENSADOR

A história de Afonso, o conquistador é do domínio público. Por isso, optei antes por dar uma imagem do homem nos raros momentos em que, no seu trono, se confrontava com a solidão... aquela solidão característica de quem está no poder e tem que tomar decisões difíceis. E, não falo apenas a nível de arquitectar estratégias, para vencer batalhas. Falo de opções muitas vezes duras, como a de ter que enfrentar a sua própria mãe. É nesses momentos que ele pensa nos sacrifícios que será obrigado a fazer, para lutar pelos seus ideais... que possivelmente passavam pela conquista de um espaço, de um reino. É verdade que D. Afonso deve ter passado mais tempo na garupa de um cavalo, do que propriamente num trono. Mas, que também ele deve ter tido os seus momentos de introspecção, reflexão e solidão, deve... Ou então, não liguem, sou só eu que estou a inventar um texto para complementar a forma como eu quis ver o tema.

6 comentários:

  1. Complementas e eu contemplo :D

    Fabuloso, mesmo :D, adorei o adorno do texto, casou muito bem com o trabalho

    5 estrelas mesmo

    João

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  2. Excelente, excelente, excelente!

    Gostei imenso do conjunto ilustração/texto, que me transportaram de imediato para uma interpretação totalmente diferente daquela que faço vulgarmente do D. Afonso Henriques, pois acho que essa imagem de lutador é tão vincada e quase lendária, que esquecemos que o monarca foi também um homem, de carne e osso e que de certeza teria um lado mais humano, introspectivo e também pessoal.

    Em relação à ilustração, do desenho e cor é um ecoar daquilo que já tenho escrito sobre o teu trabalho: qualidade irrepreensível. Em relação aos demais aspectos, gostei mesmo muito da montagem que fizeste, com os cavaleiros ao fundo e com o rei em primeiro plano, em postura contemplativa e também indiciando possivelmente uma oração, pois uma das facetas mais marcantes na sua personalidade, era realmente a sua forte religiosidade!

    Os meus parabéns pelo régio trabalho! ;)

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  3. Que dizer? Está bestial! Parabéns João! :)

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  4. João,
    Ainda bem que gostaste. Foi pelo menos uma forma de tentar complementar a minha visão em relação ao assunto que tu escolheste.

    Paulo,
    Pois não sei se ele o foi de facto. Eu pelo menos quis crer que sim. Em relação à religiosidade de que falas é engraçado que eu nem sequer pensei nisso. Quis foi colocá-lo numa pose de introspecção e reflexão. Mas agora que falas nisso, essa também é uma visão que se pode complementar à ilustração, de facto. É erngraçado como às vezes uma ilustração pode suscitar interpretações diversas daquelas que a nós nos passaram pela cabeça. Por fim, mais uma vez, obrigado por me fazeres subir mais uma vez às nuvens.

    Ana Maria Baptista,
    Pronto lá ando eu a passear numa nuvenzinha. Obrigado pelo curto, mas reconfortante comentário.

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  5. Absolutamente genial! O tratamento da cota-de-malha está soberbo e toda a composição é simplesmente, e sendo curto e grosso, "do caraças".

    A mim parece-me estar a competir com a asiática submarina!

    Parabéns equivalentes à excelência do teu trabalho.

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  6. Mais uma vez que posso eu dizer, perante um tal comentário... Que subi para uma nuvenzinha mais alta, eh! eh! eh! Em relação à competição de que falas, eu não os considero como competições. São apenas dois trabalhos diferentes, em temáticas que eu, por acaso, gosto muito. Só isso.

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